A versão que eu li deste livro é
de 1999, eu a encontrei em um sebo então eu não tenho certeza se existe ou não
uma nova edição. Acredito que a primeira coisa que eu preciso comentar é que os
autores vivem na Irlanda e usam os nome gálicos-irlandeses para os Sabás, é
fácil entender qual é cada um, mas que às vezes alguns nomes diferentes me
incomodavam como chamar Yule de Natal ou Ostara de Equinócio de Primavera.
O livro também fala bastante
sobre a origem dos sabás maiores e
menores, as diferenças entre eles e como surgiram, a influência das estações e
a relação de cada sabá com o Deus e a Deusa. Além disso, o livro também falou bastante
sobre a Irlanda, como ela não foi impactada pelos avanços romanos e se você
olhar com bastante atenção ainda vê traços da velha religião.
Uma pequena critica é que eu
senti que eles davam um enfoque maior a deusa que ao deus, não sei se foi de
forma intencional ou não, mas nas suas explicações e rituais eu senti isso e me
incomodei uma vez que para mim os dois são iguais em poder e importância, o
Deus é mais do que o consorte da Deusa. Algo que me incomodou em muitas
religiões foi o fato da figura masculina sempre estar em um destaque maior que
a feminina, o Papa da igreja católica por exemplo é sempre um homem. Mas eu não
acho que o equilíbrio é dar um destaque apenas para a figura feminina, os dois
tem igual importância para mim. O livro também frisa bastante a necessidade de
fazer parte de um coven, apesar disso eu no momento continuo interessada em
seguir como uma bruxa solitária.
O livro fala bastante sobre
covens, como eu sou uma bruxa solitária achei importante porque é um
conhecimento que eu não tenho uma vez que muitos covens mantém suas tradições e
costumes em segredo. Por este motivo,muitas das informações e rituais não podem
ser usados por mim, mas a informação por si só e o conhecimento do que eu
adquiri fez valer a pena o estudo. Para
aqueles que fazem parte de um conven, este livro talvez traga um novo olhar
sobre como são realizados os rituais e talvez até seja interessante incorporar
um pouco do conhecimento adquirido nele.
Um fato interessante é que todos
os rituais citados são para ser feitos em locais fechados, eles dão dicas de
como adaptá-los para fazer ao ar livre, mas para aqueles que não tem locais ao
ar livre nas suas cidades para fazer os ritos este livro pode ser bem
interessante para quem procura uma adaptação dos rituais conhecidos que
precisam ser feitos ao ar livre. Assim como em caso de condições climáticas
desafiadoras – ou no cenário de uma pandemia como a do covid-19 – pode ser
interessante de se consultar.
Como a versão que eu li é antiga
eles mencionam várias tecnologias antigas que não são mais usadas hoje em dia
nas suas dicas durante os rituais. Como as vantagens de gravar músicas em fitas
cassete e como fazer para a música durar 60 minutos, ou a dica de tirar o
telefone do gancho para evitar uma interrupção durante o ritual. Achei isso
muito curioso, são dicas que não podem ser usadas no dia de hoje mas apenas
tornaram impossível ignorar a idade do livro.
Apesar da parte dos rituais não
ter sido muito útil para mim além de um novo conhecimento o que mais me agregou
neste livro foram as informações sobre os sabás – que é de fato a sua proposta
– então acredito que ele cumpriu o que prometeu e como eu o comprei em um sebo,
ele foi barato e valeu a leitura. É um livro que se você está estudando sobre a
roda do ano ou sobre covens vai te agregar bastante, mas que eu não recomendo
que se pague caro por ele, se você tem interesse dê uma olhada nos sebos da sua
cidade ou em grupos de trocas de livro.
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