quinta-feira, 30 de julho de 2020

Lua da Tempestade

🌕LUA DA TEMPESTADE🌕 | Wicca & Bruxaria Amino

                Este esbat da Roda do Ano  é comemorado em fevereiro no hemisfério norte e em agosto no hemisfério sul na primeira lua cheia do mês. Também é chamado de Lua da fome, Lua selvagem e Lua vermelha. Este Esbat está intimamente ligado ao sabbat do Imbolc e por isso possui as mesmas propriedades de purificação, limpeza e transformação de energias. Por este motivo, este Esbat também é dedicado a deusa Brigit.

                Agosto (caso a sua roda assim como a minha seja pelo sul, caso seja pelo norte troque por Fevereiro) descreve o longo movimento de espera das águas geladas, conforme a chuva cai as correntes do oceano se agitam. Isso significa que as águas irão fluir novamente e que logo a primavera irá retornar.

                Esta lua visa o equilíbrio entre a luz e a sombra, é a hora de amar a si mesma, de perdoar-se e fazer planos para o futuro. Por estar ligada ao Imbolc, muitos wiccanos comemoram este esbat junto com o sabbat ou então usam a mesma decoração.




quarta-feira, 29 de julho de 2020

Pedido para a deusa Brigit




Durante o sabbat do Imbolc é muito comum fazer um pedido para a deusa Brigit, os pedidos costumam inclusive se realizar uma semana depois de terem sido feitos, nesta postagem eu vou descrever duas formas para que vocês façam o pedido no próximo sabbat.

Primeiro método – tranças

                O primeiro método é por meio das tranças no cabelo, três para ser mais exata. Faça duas tranças do lado direito e uma do lado esquerda do cabelo enquanto mentaliza o seu pedido para a deusa.

Segundo método – Fita laranja

                Neste segundo método, você deve pegar uma fita laranja, ir até uma árvore e fazer um laço em um dos seus ganhos usando a fita, enquanto faz o laço mentalize e visualize o desejo para a deusa Brigit.



segunda-feira, 27 de julho de 2020

Imbolc

O Imbolc é um dos sabbats da roda do ano, ele é comemorado no hemisfério norte no dia 2 de fevereiro enquanto no hemisfério sul é comemorado no dia 1º de agosto. Também é conhecido como Festival das Tochas, Oimelc, Lupercalia, Festival da Luz Crescente e Dia da Santa Brigit.

Esta celebração marca a recuperação da Deusa após o nascimento do Deus no Yule, os longos períodos de luz a acordaram e o Deus agora é um menino forte – o seu poder pode ser sentido nos dias que estão ficando cada vez mais longos.

Na natureza é neste momento em que o frio está começando a diminuir - mas a primavera ainda não chegou – é a partir deste momento que o frio começa a diminuir e na antiguidade era o momento em que as pessoas podiam começar a sair das suas casas. Isso está relacionado inclusive ao nome da celebração, Imbolc significa no Leite. Agora que o frio passou, os animais estão acordando e saindo das tocas e voltando a se reproduzir e a dar leite, assim como a Deusa que neste momento amamente o Deus que está crescendo.

Este é um sabbat de purificação, de luz e fertilidade. É um momento de começo, é a hora do planejamento, de pensar no que você quer fazer durante a sua roda do ano, este é o momento de começar a plantar. Também é um momento de limpeza, de jogar fora o que é velho e doar, se desfazer das coisas que você não usa mais.

O Imbolc também é uma celebração para a deusa Brigit (ou Brigita) que tem entre as suas simbologias a música, o fogo, a dança e o leite. Entre as comemorações mais comuns está fazer a cruz de Brigit assim como a boneca.

Também é conhecida como uma das épocas mais tradicionais para fazer a iniciação, assim como para renovar a sua auto-iniciação se desejar. Este é o momento de acender o fogo interior, plantar as sementes, os planos e os projetos para esta roda do ano. Durante  o Imbolc também é comum fazer pedidos e desejos para a deusa Brigit.

Cores: Vermelho, laranja, amarelo, branco

Ervas: salvia, calêndula, manjericão, verbena, mirra

Pedras: citrino, turmalina negra, turmalina verde, hematita, ágata vermelha, topázio



sexta-feira, 24 de julho de 2020

Modelo de Rituais

 

                Muitos Wiccanos gostam de fazer rituais já prontos, sejam eles da sua tradição ou ensinados por outro wiccano. Porém, também há muitos wiccanos que acreditam que um ritual é muito mais significativo se você mesmo  criá-lo ou adaptá-lo a partir de um ritual que você já leu ou tem conhecimento.

Há nove pontos básicos para a criação de um ritual wiccano, você não precisa usar obrigatoriamente todos os 9 pontos em todos os rituais, mas eles são muito uteis para se guiar durante a criação de rituais.

(1)    Purificação do Praticante

Antes de começar o ritual é preciso se purificar primeiro, há várias formas de fazer esta purificação e é preciso encontrar a que funciona melhor para você. Ela pode ser feita por meio de banho, unção com óleo, meditação, respiração profunda e qualquer outra forma de purificar o corpo, a menta e a alma com a qual você se sinta a vontade.

Neste processo de purificação, você deve se livrar dos problemas e dos pensamentos do dia a dia, este é um momento de calma e paz onde você se prepara para o ritual. Enquanto você se purifica, lembre-se de purificar também os seus pensamentos desde este momento ,pois a partir do momento que você pensa em executar um ritual ele já está ocorrendo, então considere que desde este momento o ritual já começou.

(2)    Purificação do Espaço

Caso o seu ritual vá ser praticado ao ar livre em contato direto com a natureza, ele dificilmente vai precisar de uma purificação prévia e quando necessária será uma limpeza mínima, isto porque os ambientes naturais são menos psiquicamente poluídos que as nossas casas ou outras construções. Neste ambiente, basta usar a sua vassoura mágica e a visualização para limpar o ambiente de energias negativas, você também pode optar por espirrar um pouco de água pura.

Porém se o seu ritual vai ser realizado em um local fechado, é importante limpá-los pois eles podem ter acumulado muita energia negativa que pode ser prejudicial durante o ritual. É importante que o local esteja limpo tanto física quanto espiritualmente, por isso comece o ritual limpando fisicamente o local e depois comece a limpeza energética. Você pode usar a sua vassoura mágica, um incenso, água purificada ou jogando sal com ervas pelo local.

Não se esqueça  que você não pode ser interrompido durante o ritual, por isso desligue o telefone e caso compartilhe a casa com outras pessoas, informe-as  que você não deve ser interrompido até um novo aviso. Caso isso seja um problema por dividir a casa com pessoas que não entendem a sua fé, opte por realizar o ritual tarde da noite quando todos estiverem dormindo.

(3)    Criação do espaço sagrado

Esta etapa consiste em limpar o altar – no caso de não ter um altar permanente ou de querer decorá-lo de forma especifica para a celebração – e abrir o circulo mágico. Algumas pessoas preferem abrir o circulo mágico com o altar no meio do mesmo, outras com o altar virado para o norte, porém esta é uma opção sua e somente sua.

(4)    Invocação

Esta é considerada a base de todos os rituais wiccanos e sendo sincera, é a única parte realmente necessária em todo ritual e que não pode ser deixada de fora. Os rituais wiccanos estão em sintonia com os poderes da Deusa e do Deus por isso esta etapa é tão importante.

Apesar da palavra invocação assustar, ela nada mais é do que uma oração ou um verso falado onde a deusa e o deus são convidados a entrar no circulo sagrado e fazer parte do ritual. Você pode usar palavras simples mas que venham do seu coração, declamar um verso, cantar uma música ou fazer um discurso elaborado, o importante é que tanto as suas palavras quanto as suas intenções sejam sinceras. Por isso, basta chamar a deusa e o deus com amor e sinceridade que eles virão e o seu ritual será abençoado.

(5)    Observação do ritual

Esta estava vem logo depois da invocação e pode ser considerada um momento de meditação, transição, agradecimento ou simplesmente um momento de comunhão. Este momento não precisa ser necessariamente sério, os rituais wiccanos dificilmente o são, você pode colocar música e dançar. Não se proíba de rir ou tente forçar a cerimônia a ser séria e “perfeita”, as risadas liberam uma energia pessoal extremamente poderosa e não deve ser contida.

Por este motivo, caso você derrame sal, derrube água, não consiga acender o incenso ou esquecer o que ia falar, não precisa se preocupar, ria, aproveite o momento, sinta as energias e continue o ritual, você não será julgado ou o seu ritual terá menor importância por conta disso.

Muitos novatos na wicca têm a ideia de que os rituais devem ser momentos solenes, mas na verdade isso não tem nada  a ver com a wicca. A wicca é uma religião de paz e felicidade, o seu ritual não precisa de pomposidade a menos que você queira isso de forma especifica.

(6)    Energização

Na magia, é feita a movimentação das energias naturais para realizar mudanças necessárias, durante os rituais wiccanos é possível aumentar esta energia e destiná-la para uma determinada mudança ou feitiço. Isso porém não é obrigatório, muitos wiccanos inclusive não gostam de fazer feitiços durante os sabbats e esbats preferindo que este seja um momento de sintonia e celebração e não de magia.

Mas, se quiser fazer um feitiço este é o momento, mentalize o que o feitiço deve trazer e mantenha a confiança de que a sua magia irá funcionar, acreditar nela é fundamental. Não se prenda em grandes feitiços complexos com várias etapas e que usam vários instrumentos mágicos, alguns dos feitiços mais simples são os mais eficazes.

(7)    Canalização do poder para a terra

Quando tiver liberado a energia é possível que ainda haja dentro do circulo poder residual, esse poder deve ser canalizado para a terra ou reprogramado para voltar a sua intensidade energética natural. Mesmo se você não tiver praticado magia, é necessário canalizar o poder da terra antes de fechar o circulo e encerrar o ritual, muitos wiccanos realizam esta etapa por meio da ingestão de alimentos.

A comida é afinal uma manifestação da energia divina, o ato de comer representa a verdadeira comunhão com as divindades.  Por isso, antes de comer faça uma pequena oferenda para a deusa e o deus espalhando migalhas da comida e algumas gotas da bebida no chão caso esteja fazendo o ritual em um local aberto, caso esteja fazendo o ritual em um local fechado coloque as oferendas em uma tigela especial para liberação e enterre tudo no chão em um momento posterior após o fim do ritual.

Existem outras formas de se conectar com a terra e de canalizar o poder para ela, você sempre pode fazer aquela com a qual se sentir mais a vontade.

(8)    Agradecimento aos deuses

A próxima etapa consiste no agradecimento da deusa e do deus pela sua presença no seu circulo sagrado. Você pode fazer isso acendendo uma vela, com gestos, cantos ou ainda algumas frases sinceras e de coração. Nesta etapa você não está dispensando os deuses, muito pelo contrário na verdade, você está agradecendo pela atenção deles e deixando claro que eles sempre serão bem vindos no seu circulo.

(9)    Fechando o circulo

Após terminar o ritual é preciso fechar o circulo mágico da foram apropriada para retornar o local ao seu estado natural. O modo de fechar o circulo mágico está diretamente relacionado a forma como você o abriu.

Quando o circulo for desfeito, guarde todos os instrumentos usados durante o ritual e as oferendas colocadas  na tigela da liberação devem ser enterradas. Não é necessário desfazer o altar imediatamente após o final do ritual, ele pode ser deixado pelo resto da noite e do dia seguinte se você quiser.

Seu ritual chegou ao fim.


quarta-feira, 22 de julho de 2020

[Resenha] Oito Sabás para bruxas – Janet e Steward Farrar


A versão que eu li deste livro é de 1999, eu a encontrei em um sebo então eu não tenho certeza se existe ou não uma nova edição. Acredito que a primeira coisa que eu preciso comentar é que os autores vivem na Irlanda e usam os nome gálicos-irlandeses para os Sabás, é fácil entender qual é cada um, mas que às vezes alguns nomes diferentes me incomodavam como chamar Yule de Natal ou Ostara de Equinócio de Primavera.

O livro também fala bastante sobre  a origem dos sabás maiores e menores, as diferenças entre eles e como surgiram, a influência das estações e a relação de cada sabá com o Deus e a Deusa. Além disso, o livro também falou bastante sobre a Irlanda, como ela não foi impactada pelos avanços romanos e se você olhar com bastante atenção ainda vê traços da velha religião.

Uma pequena critica é que eu senti que eles davam um enfoque maior a deusa que ao deus, não sei se foi de forma intencional ou não, mas nas suas explicações e rituais eu senti isso e me incomodei uma vez que para mim os dois são iguais em poder e importância, o Deus é mais do que o consorte da Deusa. Algo que me incomodou em muitas religiões foi o fato da figura masculina sempre estar em um destaque maior que a feminina, o Papa da igreja católica por exemplo é sempre um homem. Mas eu não acho que o equilíbrio é dar um destaque apenas para a figura feminina, os dois tem igual importância para mim. O livro também frisa bastante a necessidade de fazer parte de um coven, apesar disso eu no momento continuo interessada em seguir como uma bruxa solitária.

O livro fala bastante sobre covens, como eu sou uma bruxa solitária achei importante porque é um conhecimento que eu não tenho uma vez que muitos covens mantém suas tradições e costumes em segredo. Por este motivo,muitas das informações e rituais não podem ser usados por mim, mas a informação por si só e o conhecimento do que eu adquiri fez valer a pena o estudo.  Para aqueles que fazem parte de um conven, este livro talvez traga um novo olhar sobre como são realizados os rituais e talvez até seja interessante incorporar um pouco do conhecimento adquirido nele.

Um fato interessante é que todos os rituais citados são para ser feitos em locais fechados, eles dão dicas de como adaptá-los para fazer ao ar livre, mas para aqueles que não tem locais ao ar livre nas suas cidades para fazer os ritos este livro pode ser bem interessante para quem procura uma adaptação dos rituais conhecidos que precisam ser feitos ao ar livre. Assim como em caso de condições climáticas desafiadoras – ou no cenário de uma pandemia como a do covid-19 – pode ser interessante de se consultar.

Como a versão que eu li é antiga eles mencionam várias tecnologias antigas que não são mais usadas hoje em dia nas suas dicas durante os rituais. Como as vantagens de gravar músicas em fitas cassete e como fazer para a música durar 60 minutos, ou a dica de tirar o telefone do gancho para evitar uma interrupção durante o ritual. Achei isso muito curioso, são dicas que não podem ser usadas no dia de hoje mas apenas tornaram impossível ignorar a idade do livro.

Apesar da parte dos rituais não ter sido muito útil para mim além de um novo conhecimento o que mais me agregou neste livro foram as informações sobre os sabás – que é de fato a sua proposta – então acredito que ele cumpriu o que prometeu e como eu o comprei em um sebo, ele foi barato e valeu a leitura. É um livro que se você está estudando sobre a roda do ano ou sobre covens vai te agregar bastante, mas que eu não recomendo que se pague caro por ele, se você tem interesse dê uma olhada nos sebos da sua cidade ou em grupos  de trocas de livro.


segunda-feira, 20 de julho de 2020

Roda do Ano


Os cristãos celebram o Natal, a Páscoa e vários outros dias santos. Os Judeus possuem o Hanukkah e os seus próprios feriados. Por todo o mundo, os vários povos e religiões comemoram determinados dias do ano com os seus ritos religiosos. Todas as religiões possuem calendários sagrados com os seus dias de poder e o mesmo acontece com os wiccanos.

A Roda do Ano é uma sacralização do real do que realmente acontece na natureza, mas, ao mesmo tempo, também é cheia de simbolismos. Dividida em 21 datas comemorativas, sendo elas 13 celebrações à Lua Cheia geralmente voltadas a deusa chamada de Esbats  e 8 celebrações ligadas ao deus chamadas de Sabbats.

A Roda do Ano é um convite para observar a natureza e aumentar a sua ligação com  ela  estimulando os nossos sentidos e nos conduz a um outro diálogo, mais íntimo, que amplia nossa consciência corporal e atesta que as mudanças ao longo das estações são externas e internas.

É também durante a Roda do Ano que se conta a história da deusa e do deus, repleta de simbolismos e misticismos a cada celebração. A história dos dois é linda, mas  mais  que ler sobre cada comemoração, é preciso vivenciá-la para conseguir entendê-la. Muitas vezes ao ler sobre a Roda do Ano, você pode acabar não entendendo o significado de alguma celebração, mas tudo bem, porque as vezes é preciso esperar chegar a celebração e vivenciá-la para entender o que está sendo dito.

A roda do Ano está ligada às mudanças na natureza, os dias de poder não possuem datas fixas. Os 4 Sabbats menores estão relacionados as datas dos Solstícios e Equinócios, enquanto  os Esbats estão relacionados as datas de lua Cheia. Por isso, a cada virada do ano é preciso conferir quais são os dias de poder. Por este motivo, também as datas dos Sabbats e dos Esbats mudam de acordo com o hemisfério que são celebradas, uma vez que a ligação com a natureza é o ponto principal. Deste modo, enquanto o Yule é comemorado em dezembro no hemisfério norte, no hemisfério sul ele é comemorado em junho, então não estranhe se ouvir a pergunta se você Roda pelo Norte ou pelo Sul, a pessoa está se referindo ao fato  de você seguir o calendário do hemisfério Norte ou do Sul.

Eu particularmente não recomendo comemorar a roda por um hemisfério que não é o seu, pois as celebrações estão ligadas com as estações e tem como propósito aumentar a nossa ligação e percepção sobre a influência da natureza não apenas no ambiente, mas em nós mesmos. Porém, é uma escolha particular de cada wiccano, só é recomendado que ao começar a girar a roda por um hemisfério termine-o antes de mudar para outro.

Para ajudar os que estão comemorando a roda do ano pela primeira vez, deixarei as datas dos Sabbats e Esbats para quem roda pelo norte e para quem roda pelo sul abaixo:



Mas, lembre-se que a prática da wicca não se limita aos esbats e sabbats, ela é um estilo de vida diário, por isso não se prenda a fazer rituais e feitiços apenas nestas datas.


sexta-feira, 17 de julho de 2020

Canto de Proteção

Muitas vezes na nossa vida nos vemos em situações que estamos assustadas e sentimos que precisamos de proteção. As vezes é na nossa própria casa, quando subitamente sentimos uma energia negativa e ficamos assustadas, ou talvez seja tarde da noite quando estamos andando na rua sozinhas de volta para casa e queremos uma proteção para voltar para casa seguras de pessoas que possam nos querer mau. Este canto é ideal para você usar neste tipo de situação e em qualquer outra que você sinta que precise de proteção.

Visualize um circulo triplo da cor roxa ao redor do seu corpo enquanto fala sete vezes:

Eu estou protegida pelo seu poder
Ó Deusa, senhora da lua
Ò Deus, senhor do Sol
Que me protegem dia e noite
Três vezes ao redor do limite deste circulo
O mal está enterrado no chão e não pode entrar




quarta-feira, 15 de julho de 2020

[Resenha] Wicca Guia do praticante solitário – Scott Cunningham


                Scott Cunningham é sem dúvida um dos meus autores favoritos quando se trata de livros sobre wicca e bruxaria, tanto pelo conteúdo dos seus livros  que até agora não ter me decepcionado, quanto pela sua escrita que é fácil de entender e ao mesmo tempo te envolve de tal forma que você não consegue parar de ler até terminar o livro.

Todos os vídeos de vblogs que eu vi sobre recomendações de livros para quem está começando – assim como postagens em grupos no facebook – recomendam este livro como um dos primeiros que todos os interessados na wicca deveriam ler e após terminar a leitura eu finalmente entendi o apelo do mesmo e acredito que irei sempre recomendá-lo para aqueles que me perguntarem.

Como o próprio nome diz, ele é ideal para aqueles que estão começando agora na wicca e não fazem parte de nenhum coven ou tem algum sacerdote passando os ensinamentos de uma tradição, este livro cumpre o papel de te introduzir na wicca retirando dúvidas e falando dos principais assuntos. De forma alguma este livro deve ser encarado como a resposta para todos os assuntos na wicca, é preciso sempre estudar e se aprofundar em mais livros, porém é um ótimo livro introdutório para tirar dúvidas, de dar uma base sobre diversos assuntos e te ajudar a escolher em quais assuntos deseja se aprofundar primeiro.

A primeira seção do livro se chama Teoria, e não possui nenhum ritual ou feitiço, porém cobre os principais pontos teóricos que você precisa saber antes de começar a parte prática. Explica a origem e diferenças entre a Wicca e o Xamanismo, fala sobre as divindades, o que é a magia, cobre os principais instrumentos utilizados, fala sobre o circulo mágico, altar, a roda do ano, sobre o conceito básico de renascimento e sobre a iniciação.

A segunda parte do livro se chama Prática e começa a dar alguns informações sobre como praticar, há inclusive um modelo de ritual muito interessante para servir como base para outros. Outra vantagem é que como este livro é voltado para o praticante solitário, todos os feitiços e rituais contidos nele podem ser feitos sozinho – algo que você não vê em outros livros que ensinam feitiços e rituais para covens – o que é uma boa base para começar os próprios feitiços.

A terceira se chama Livro das Sombras das Pedras Erguidas, e é como se fosse uma base para um livro das sombras, com informações importantes sobre ervas, runas, abertura de um circulo mágico e outras informações que você pode inclusive querer salvar e escrever no seu livro das sombras.

É um livro que eu, assim como muitos outros wiccanos, recomendo para todos que estão começando – e mesmo que você tenha começado com outros livros, eu recomendo ler este também – ele é muito completo, fácil de entender e provavelmente irá tirar muitas dúvidas da sua cabeça. Além disso foi lançada uma nova edição dele em 2014 o que o torna fácil de se achar nas livrarias e a um preço acessível.

A minha nota para este livro é 5 estrelas (de 5 estrelas) levando em conta o conteúdo, escrita do autor, preço e facilidade de encontrar o livro.


segunda-feira, 13 de julho de 2020

Amor

O amor move o mundo, assim como move muitas pessoas. Já conheci pessoas que pulam de um amor para o outro como trocam de sapatos, ou que não são felizes a menos que estejam namorando. Apesar de muitas pessoas não acreditarem em magia ou feitiço, muitas se voltam para simpatias ou procuram um feitiço quando é para atrair o amor. Quantas pessoas não passam o ano novo de rosa, usam um colar de quartzo rosa ou pedem para Santo Antonio arrumar um namorado? Algumas pessoas chegam aos extremos de fazer uma amarração do amor sem perceber o mau que fazem para si mesmas e para a outras pessoas.

Algumas pessoas deixam que o pensamento de encontrar o amor consumam todos os seus pensamentos até que  a própria vida da pessoa. Quando essas pessoas encontram o amor, ele é tão fugaz quanto o ar e não passa de um jantar, algumas noites quentes, uma série de mensagens e encontros até que termine da mesma forma que começaram. Então, a pessoa vê o seu mundo desmoronar, pois acreditam verdadeiramente que não podem viver sem o amor, logo depois elas voltam a procurar um novo amor de forma desesperada como se a sua vida dependesse disso.

O amor é uma droga!

                Antes de procurarmos o amor nos outros, primeiro é preciso amar a nós mesmos. Mudar o nosso pensamento é o primeiro passo para mudarmos a nossa vida. Por isso, viva a vida intensamente, descubra a si mesmo para ai sim poder compartilhá-la com outras pessoas. Isso não significa que você precisa parar de procurar o amor enquanto está na trajetória de descobrir o amor próprio, eu só estou dizendo que você não deve tornar a busca pelo amor a sua prioridade de vida. Se dê ao direito de esperar pela pessoa certa em vez de tentar transformar qualquer um que apareça na pessoa certa para você.

                Eu não estou dizendo para não fazer feitiços para abrir o caminho para o amor, ou jogar o seu quartzo rosa fora, eu estou apenas dizendo que como você pode querer que os outros te amem e vejam o quão incrível você é, se nem você pode se amar primeiro.

                Então se ame, se conheça por inteiro, saia para dançar unicamente para se divertir e não em busca do amor, descubra os seus hobbies e o que te dá prazer, quando você menos esperar o amor vai se aproximar e amar cada pequena parte que você também ama em si mesma.


sexta-feira, 10 de julho de 2020

Vassoura

Um dos maiores símbolos das bruxas é a vassoura, geralmente voando sobre uma lua cheia na calada da noite. A maioria das bruxas usam sim vassouras, esta parte não está errada, porém, infelizmente, não para voar. Claro que seria incrível nunca mais ter que pegar um ônibus lotado ou se preocupar com o trânsito se pudéssemos apenas pegar uma vassoura, pular da janela e ir para onde quisermos. Por favor, não considerem a minha última frase como uma sugestão para de fato pularem da janela segurando uma vassoura esperando voar.

A vassoura é um instrumento de purificação e proteção, ela é usada para limpar ritualmente a área antes do uso da magia e para proteger uma casa. Você pode por exemplo varrer a casa sem que a vassoura toque o chão, mentalizando que está varrendo as energias negativas e com isso limpar todo o local antes de abrir um circulo mágico e começar um ritual.

Esse ato de varrer é mais do que uma limpeza física – na verdade a vassoura de uma bruxa deve ser usada unicamente para limpezas de energias e nunca para uma limpeza física – as cerdas da vassouras não devem tocar o chão. Você pode comprar uma vassoura e separá-la apenas para isso, ou fazê-la você mesma, não existe uma regra para isso. Porém se for optar por comprar uma, compre uma redonda. Se o seu plano for fazer uma eu deixo a sugestão de fazer com um cabo de freixo, galhos de bétula e ramos de salgueiro pois o freixo serve para proteção, a bétula para purificação e o salgueiro é sagrado para a Deusa – porém isso não é obrigatório.

Por ser usada principalmente para purificação, a vassoura está ligada ao elemento água. Por conta disso ela também pode ser usada em alguns tipos de feitiços que requerem o uso da água.

Mas como este boato das bruxas voarem com a vassoura começou se a vassoura não é usada para nada nem próximo disso? As bruxas europeias ha séculos  acreditavam que se pulassem segurando uma vassoura entre as pernas em uma plantação estariam limpando a plantação de más energias e pedindo a ajuda da Deusa para fertilizar a terra. Talvez para quem as visse de novo achasse que elas estavam voando, não temos como ter certeza de que foi assim que o mito começou e acho que nunca saberemos.

Uma última utilidade para a vassoura está ligada ao circulo mágico, você pode coloca-la no chão do circulo  ligando uma ponta a outra e por este local uma pessoa (criança ou animal por exemplo) pode entrar e sair do circulo mágico sem quebrá-lo. Como eu sou uma bruxa solitária eu costumo deixar todos os materiais que eu irei usar no ritual no espaço em que abrirei o circulo antes de abri-lo, até para não afetar a minha concentração, porém é uma escolha pessoal.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

[Resenha]A verdade sobre a bruxaria moderna – Scott Cunningham


Apesar de não ser um livro atual, eu acredito que o conteúdo dele é atemporal até pela forma como foi escrito. Um livro muito importante para quem está começando na Wicca – ou na bruxaria – que apesar de não se aprofundar muito é um bom ponto de partida tanto por explicar nas suas 182 páginas o básico sobre diversos temas da bruxaria, quanto por desmitificar diversos temas relacionados a bruxaria.

Com uma escrita simples e ao mesmo tempo gostosa de ler, é o típico livro que apesar de ter mais se 100 páginas você nem percebe o quanto leu e o termina rapidamente de tão envolvente que o autor é. Em diversos momentos ,ele conversa diretamente com o leitor, conta desabafos e situações que viveu ou usa exemplos reais para explicar um determinado assunto o tornando muito mais real e palpável.

Durante anos diversas mentiras foram espalhadas sobre a bruxaria e a wicca: sacrifícios humanos, sacríficos animais, adoração ao diabo, assassinato de bebês ,tudo isso e muito mais não passam de mentiras espalhadas por pessoas preconceituosas ou com pouco conhecimento sobre o que é a Wicca. Considero este livro muito importante para aqueles que estão começando a se profundar no assunto para ajudar a eliminar antigos preconceitos que foram perpetuados por gerações pela desinformação.

O conteúdo do livro foi dividido em três partes para uma melhor organização e auxilio na compreensão do texto. A primeira parte fala do que é a magia popular, explica quais são os reais instrumentos de um bruxo e para o que são usados, sobre as leis da magia, o que são os feitiços e rituais. A segunda parte é mais focada na Wicca, explicando o que é a religião, quem é o Deus e a Deusa, a Roda do Ano, círculos e altares e ao mesmo tempo quebra diversos mitos e tabus como por exemplo o das pessoas que acreditam que um coven é basicamente uma reunião de nudez, sacríficos e orgias – algo que é uma grande mentira. A terceira parte é um resumo das principais informações.

Eu particularmente gostei muito do livro, achei que ele cumpre o objetivo proposto com uma leitura leve e gostosa de se ler o que aguçou a minha curiosidade sobre outros livros do autor. Acho que este é um dos livros de máxima importância para os que estão começando na Wicca – e até para os que já estão há algum tempo para acabar de vez com antigos mitos espalhados por ai.

A minha nota para este livro é 5 estrelas de 5, tanto pelo conteúdo e relevância quanto pela forma como foi escrito. Apesar de ser um livro antigo, você não notaria isso exceto por alguns exemplos que se passaram nos anos 80, mas que de nada comprometem o conteúdo e as informações apresentadas.

 

 


segunda-feira, 6 de julho de 2020

Circulo Mágico - Simples

O Circulo Mágico tem uma origem antiga. Formas parecidas eram usadas na magia da antiga Babilônia. Os magos cerimoniais da Idade Média e da Renascença também utilizavam o circulo mágico. O Circulo mágico é feito para proteger o bruxo das energias negativas que podem  interferir ou serem atraídas pelo ritual, assim como para criar um espaço sagrado onde o bruxo pode se encontrar com o Deus e a Deusa.

Mas porque um circulo? O circulo não possui nem começo, nem fim, é um símbolo da perfeição que contém e resiste às forças e energias intrusas. O circulo é um local sagrado, um ambiente mágico onde as divindades são bem vindas e onde a magia pode ser praticada. Não é somente um anel de flores ou uma corda, mas sim uma barreira sólida e viável de energia.

Os católicos possuem as igrejas, os judeus as Sinagogas, mas os wiccanos não têm um templo físico construído pedra sobre pedra. O tempo do wiccano é a própria natureza e, por isso, ela pode ser praticada em qualquer lugar: em uma praia, em um parque ou até no seu próprio quarto. Para garantir a proteção contra as energias negativas e para que nenhuma entidade mal intencionada seja atraída pelo ritual e interfira nas intenções do mesmo, ao erguer o circulo mágico você demarca o local do seu ritual e um local de proteção. É considerado o local mais sagrado para honrar a Deusa e o Deus, em resumo é um templo não físico mas real onde o bruxo está lado a lado com o Deus e a Deusa. O tempo da wicca é na verdade o circulo mágico.

O wiccano projeta energia do seu corpo através do athame (da varinha ou do dedo) e através da visualização ele vai moldar essa energia em um circulo de energia brilhante e protetor. Ao fim do ritual, é importante lembrar de fechar o circulo antes de sair do mesmo. Assim como lembrar de ter separado tudo o que irá precisar para o ritual antes do inicio, se você atravessar fisicamente o circulo para ir buscar algo ele será quebrado e você precisará abrir outro para continuar.

Nesta postagem, irei ensinar a forma mais simples de abrir um circulo mágico que qualquer wiccano novato pode fazer sem precisar de instrumentos mágicos específicos. Porém, antes de abrir o circulo mágico lembre-se de limpar energeticamente o local, eu ensinei como fazer a limpeza do ambiente com o elemento ar em outra postagem.

Você não precisa possuir um athame ou uma varinha (porém se possuir sinta-se livre para usá-los no lugar do dedo) você só vai precisar do seu dedo indicador da sua mão de poder, como eu sou destra a minha mão do poder é a direita.

Primeiro de tudo você deve localizar o norte do local onde irá abrir o circulo mágico -- eu uso o app de bússola do Iphone para isso – ao localizá-lo você irá se virar para ele e apontar o dedo para frente enquanto gira no sentido horário visualizando a energia passando pelo seu umbigo, subindo pelo seu corpo e indo até o seu dedo  onde você a libera para desenhar o circulo de proteção em volta de si mesmo, visualize o tamanho dele, até onde ele vai e a cor da energia que o está formando. Mentalize que nenhuma energia negativa ou com más intenções poderá entrar ou interferir dentro do seu circulo. Então diga:

 

Eu abro este circulo mágico de proteção para que nada de ruim entre no meu circulo ou interfira no que eu estou fazendo.

O circulo agora está traçado e que assim seja

 

                Depois de ter terminado o ritual é importante  lembrar-se de fechar o circulo mágico antes de sair dele, você deve se virar para o norte e falar:

 

Deusa e Deus

Agradeço a sua presença e ajuda neste ritual

Abençoados sejam e sigam em paz

 

                Então, mais uma vez erga o dedo indicador e comece a girar no sentido horário visualizando que a energia esta sendo puxada para dentro de você pelo seu dedo e voltando para o seu corpo enquanto o circulo se desfaz  conforme o seu dedo passa até retornar ao norte.

Minha experiência: Quando eu tracei o circulo mágico eu senti uma energia incrível e protegida durante o meu ritual, quando fui desfazê-lo e puxar a energia para dentro de mim senti a ponta do dedo esquentar e ao terminar de puxar a energia essa sensação passou. Algumas pessoas que usam o athame para abrir e fechar o circulo dizem que o sentem vibrar pela energia, acredito que a minha experiência com a ponta do dedo esquentando foi a mesma.



sábado, 4 de julho de 2020

Como começar um livro das sombras

Eu já fiz uma postagem explicando sobre o que é um Livro das Sombras, mas desta vez a postagem é para ajudar aquelas pessoas que mesmo após lerem a explicação se sentem um pouco seguras sobre como começar. Talvez por ser o primeiro, ou por ter uma família pouco tolerante.

Primeiro, apesar do mais recomendado é  que o seu livro seja algo no papel  para que você possa escrever – uma vez que as palavras têm poder – isso não é obrigatório. Você pode criar um grupo no whatts com você mesma e colocar as informações ali. Ou criar uma pasta dentro de uma pasta aleatória no seu computador com um nome bem desinteressante que ninguém que acessa o seu computador pensaria em olhar e ir escrevendo no word e postando ali.

Agora se você – assim como eu – quer que ele seja algo físico e palpável para escrever existem várias possibilidades. Na internet, existem algumas opções lindas de capa dura com diversos símbolos, no mercado livre alguns vendedores inclusive têm a opção de personalizar conforme a vontade do comprador a capa, porém esse é um trabalho artesanal então o preço é um pouco salgado. Se você tiver a oportunidade de comprar um, sem problemas, mas não se sinta obrigada.

Outra opção é pegar um caderno que você tenha na sua casa, eu estou usando este que vou mostrar abaixo e que não esconde o meu amor por Harry Potter. Eu ganhei este caderno no meu aniversário deste ano – antes do Covid-19 – e ainda não havia decidido para o que eu iria usá-lo. Quando eu comecei a estudar mais sobre a Wicca, eu logo pensei nele e o fiz como meu Livro das Sombras.


Mas você não precisa pegar um caderno novo como o meu, você pode pegar um caderno velho da escola ou da faculdade e usá-lo. Arranque as páginas antigas e comece a usá-lo, ou  até mesmo usar um fichário velho e vá acrescentando novas folhas conforme for escrevendo, não existe nada de errado. Uma das coisas mais legais na wicca é que não é uma religião cheia de regrinhas e dificilmente você estará fazendo errado. Mesmo se o seu Livro das Sombras não for igual ao meu, por exemplo, ele ainda estará certo.

Você também pode optar por decorá-lo. Você pode pegar um caderno – novo ou velho – e colocar uma nova capa, fazer desenhos e símbolos significativos para você ou mesmo montar um capa no computador e colá-la. E não se preocupe se acabarem as páginas, ou no meio do seu livro você sentir que quer um novo, está tudo bem para ambos.

Agora outra dúvida comum é sobre o que escrever e como? Eu particularmente prefiro que o meu Livro das Sombras tenha páginas lisas – isto é, sem linhas – porque gosto de desenhar. Eu comecei timidamente com alguns desenhos com a lápis, mas agora comecei a colori-los e eu inclusive acho mais fácil encontrar um feitiço ou informação que já preenchi olhando os desenhos, mas isso não é obrigatório. Volto a dizer, façam sempre da forma como se sentirem à vontade, lembrando que ninguém vai ver dentro do seu Livro das Sombras, ele é apenas seu.

Justamente por ser algo privado eu não vou tirar fotos e compartilhar fotos sobre as páginas já escritas do meu livro das sombras, porém irei dar algumas dicas sobre por onde começar pelos mais tímidos começando por mim. Eu comecei fazendo o meu mapa astral porque acredito bastante na influência dos planetas, eu usei o app Horos para fazer o meu mapa astral e gostei bastante, ele é gratuito e bem completo.

Depois disso eu comecei a anotar feitiços e rituais que eu fiz ou planejo fazer, quando eu faço um feitiço sempre comento como eu me senti e os resultados, acho que é algo importante para se ter salvo principalmente para quando eu quiser fazer o feitiço novamente. Eu também anoto bastante conhecimento teórico que eu vou adquirindo, por exemplo sobre aromas e velas. Você pode dividir o seu Livro das Sombras por tema se quiser. Separar um número de páginas para cada assunto, mas não é obrigatório. Eu própria prefiro ir escrevendo conforme vou aprendendo até para ver a minha evolução.

Espero ter ajudado, eu acho que o Livro das Sombras é algo muito importante para uma bruxa e um dos primeiros instrumentos com que temos contato.

 


quarta-feira, 1 de julho de 2020

Feitiço para despertar a Intuição

Eu sempre tive uma intuição forte para algumas coisas, sonhei com coisas que não aconteceram e às vezes apenas senti algo referente a uma pessoa que eu acabei de conhecer e que depois se mostrou verdade. Ao mesmo tempo, eu acho que a nossa intuição é algo importante, que sempre devemos acreditar e que podemos sempre aumentar e confiar cada vez mais nela.

                Esse feitiço é muito simples, eu já o realizei , então no final da postagem irei dar a minha opinião pessoal sobre o feitiço e sobre como ele funcionou para mim. Para fazer esse feitiço você só vai precisar de um local calmo e um copo de água.

                Em uma superfície lisa e não aderente faça uma poça de água, comece olhando para a poça durante o tempo que achar necessário e depois comece a brincar com a água sem qualquer objetivo especifico. Trace desenhos que não querem dizer nada, molhe as mãos, veja o movimento na água conforme os seus movimentos, sinta-se livre para brincar com a água da forma que se sentir mais confortável.

                Você deve fazer isso durante uma semana – se possível sempre no mesmo horário  - e por um período de no mínimo 10 minutos. Conforme a sua intuição for despertando e aumentando sempre confie nela e ela vai agir mais naturalmente.

A minha experiência com o feitiço

                Para começar, nos primeiros dias foi difícil ficar os 10 minutos completos brincando com a água, mas com o passar dos dias ficava cada vez mais fácil e natural para mim. Eu me sentia cada vez mais próxima e ligada ao elemento água e no último dia do feitiço cheguei a ficar por volta de 30 minutos brincando com a água quando finalmente quis parar.

                Outro ponto que eu percebi foi que a minha intuição ficou mais aguçada, algumas vezes eu falava o que uma pessoa ia falar antes dela falar ou simplesmente sabia o que seria dito. Também houve uma vez que eu fui em uma loja comprar incensos específicos e senti que devia comprar alguns diferentes e por acaso logo descobri alguns feitiços e rituais que eu fiquei com vontade de fazer que usavam exatamente os incensos extras que eu peguei. Eu particularmente senti que este feitiço funcionou bem para mim, porém ele foi feito com o elemento água que sempre foi aquele com o qual eu tive maior sintonia.